Portugal foi o 1º país a iniciar a rota dos Descobrimentos. Portugal descobriu e conquistou alguns países. Os descobrimentos portugueses foram o conjunto de viagens e explorações marítimas realizadas pelos portugueses entre 1415 e 1543 que começaram com a conquista de Ceuta em África. Os descobrimentos resultaram na expansão portuguesa e deram um contributo essencial para projectar o mapa do mundo, impulsionados pela Reconquista e pela procura de alternativas às rotas do comércio no Mediterrâneo. Com estas descobertas os portugueses iniciaram a Era do Descobrimentos europeus que durou do século XV até ao XVII e foram responsáveis por importantes avanços da tecnologia e ciência náutica, cartografia e astronomia, desenvolvendo os primeiros navios capazes de navegar em segurança em mar aberto no Atlântico. Embora com antecedentes no reinado de D. Dinis e nas expedições às Ilhas Canárias do tempo de D. Afonso IV, é a partir da conquista de Ceuta em 1415, que Portugal inicia o projecto nacional de navegações oceânicas sistemáticas que ficou conhecido como "descobrimentos portugueses". Terminada a Reconquista, o espírito de conquista e Cristianização dos povos muçulmanos resistia. Os portugueses dirigiram-se então para o Norte de África, de onde tinham vindo os mouros que se haviam estabelecido na Península Ibérica. Avançando progressivamente pelo Atlântico ao longo das costas do continente africano, passaram o Cabo da Boa Esperança e entraram no Oceano Índico movidos pela procura de rotas alternativas ao comércio Mediterrânico. Chegaram à índia em 1498, simultaneamente exploraram o Atlântico Sul e aportaram nas costas do Brasil em 1500, navegando no extremo da Ásia chegaram à China em 1513 e ao Japão em 1543.As expedições prolongaram-se por vários reinados, desde as explorações na costa africana impulsionadas pelo Infante D. Henrique, filho de D. João I, até ao projecto da descoberta de um caminho marítimo para a Índia de D. João II, culminando no reinado de D. João III, altura em que o Império Português ficou estabelecido. Com a Reconquista concluída, D. Dinis interessou-se pelo comércio externo, organizando a exportação para países europeus. Em 10 de Maio de 1293, instituiu um fundo de seguro marítimo para os comerciantes portugueses que viviam no Condado da Flandres, que pagavam determinadas quantias em função da porte, que resultavam em seu benefício se necessário. Vinho e frutos secos do Algarve eram vendidos na Flandres e na Inglaterra, sal das regiões de Lisboa, Setúbal e Aveiro eram exportações rentáveis para o Norte da Europa, além de couro e Kermes, um corante escarlate. Os portugueses importavam armaduras e munições, roupas finas e diversos produtos fabricados da Flandres e da Itália. Em 1317 D. Dinis fez um acordo com o navegador e mercador genovês Manuel Pessanha (Emanuele Pessagno), nomeando-o primeiro protonauta da frota real com privilégios comerciais com seu país, em troca de vinte navios e suas tripulações, com o objectivo de defender as costas do país contra ataques de pirataria (muçulmana), lançando as bases da Marinha Portuguesa e para o estabelecimento de uma comunidade mercante genovesa em Portugal. Obrigados a reduzir suas actividades no Mar Negro, os mercadores da República de Génova tinham-se voltado para o comércio norte Africano de trigo, azeite e ouro. O Infante D. Henrique, o Navegador, simboliza a história dos descobrimentos. Até ao século XIX, considerava-se que a principal motivação para as conquistas africanas em Marrocos tinha sido de ordem religiosa. O historiador Gomes Eanes de Zurara refere que os Infantes tinham as suas razões, os cultos as suas, mas a decisão cabia ao rei D. João I. O motivo religioso, impondo-se a todos os outros, foi como tal apontado, entre outros, por João de Barros, Luís de Camões, Gil Vicente. As importantes rotas comerciais da seda e das especiarias, foi o que motivou a procura de um caminho marítimo pelo Atlântico, contornando a África. Mas havia também outras razões para a conquista de Ceuta: O inimigo muçulmano dominava o Estreito e era poderoso em Granada. Pela sua posição geográfica, Ceuta era uma base naval que podia servir de apoio à navegação entre a península itálica e Portugal, permitindo também reprimir ou tolher a pirataria dos mouros nas costas do Atlântico. No século XX, houve historiadores que julgaram o passado com as preocupações do presente, considerando a primazia do interesse económico: procurar acesso directo a fontes de fornecimento de trigo, de ouro ou de escravos no norte de África. Mas houve também historiadores, como David Lopes, rebatendo essa tese: "Ainda que Ceuta tivesse importância como centro de comércio, a sua conquista por cristãos desviaria dela o tráfico muçulmano"As conquistas de Marrocos, porém, sob o impulso do Infante D. Henrique, vieram a dar lugar aos descobrimentos. Segundo Gomes Eanes de Zurara, na Crónica do descobrimento e conquista da Guiné, as expedições organizadas pelo Infante tinham cinco motivações: conhecer a terra além das Canárias e do cabo Bojador; trazer ao reino mercadorias; saber até onde chegava o poder dos muçulmanos; encontrar aliados que o pudessem ajudar numa guerra que durava há trinta e um anos; e trazer para a fé de Cristo todas as almas que se quisessem salvar. Se, com o Infante, ao avançar pela costa de África na direcção do sul, parece haver sobretudo a intenção de envolver pela retaguarda o grande poder islâmico, adversário do Cristianismo, a crescente interferência dos "cavaleiros-mercadores" nos reinados de D. Afonso V e D. João II, acabará por levar a expansão portuguesa até ao Oriente em busca das especiarias. O proveito de uma rota comercial alternativa mostrava-se recompensador. Portugal iria ligar directamente as regiões produtoras das especiarias aos seus mercados na Europa. Quando se firma o projecto da descoberta do caminho marítimo para a Índia, a expansão portuguesa está já dominada pelo interesse comercial.
Fonte de pesquisa: Wikipedia
Trabalho elaborado por: Rúben e Helena
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